Autor: Katherine Howe
Editora: Suma de Letras
Páginas: 357
Classificação:

Sinopse: Connie Goodwin queria que 1991 fosse um ano exclusivamente dedicado aos estudos para suas dissertações de mestrado em Harvard. No entanto, por insistência de sua mãe, acaba indo para o interior do condado de Essex cuidar da reforma da casa da avó. Assim que se estabelece no antigo casarão, começa um mergulho inevitável no passado daquele lugar e fica especialmente interessada pela figura de Deliverance Dane, uma mulher reconhecida em sua época por curar doentes, receitando remédios e poções. É no condado de Essex que fica a famosa cidade de Salem, palco dos históricos julgamentos de 1692, quando mais de 150 pessoas foram presas e acusadas de bruxaria e mais de vinte condenadas à forca. O episódio, considerado um dos mais infames da história dos Estados Unidos, ficou marcado como um triste exemplo da histeria coletiva, disseminada por uma comunidade em busca de vingança. Em certos momentos, Connie tem certeza da existência de um ‘livro perdido’ que guardaria os segredos da misteriosa personagem. Seriam remédios? Feitiços? A solução desse enigma é o impulso da história do livro, que investiga até onde pode ir o preconceito de uma sociedade contra alguns dos seus membros.
Passado e presente
Como não se deve julgar um livro pela capa, este em especial escolhi
apenas pelo título. Logo me interessei pois trata-se não só de uma
história ficcional mas tem também um bom e apurado respaldo histórico
com muitos “quês” de verdade.
Pode ser dito que a história gira em torno desse “livro perdido” que faz
que Connie a personagem principal entre de cabeça em um mistério
cercado de lacunas. Primeiramente por curiosidade e necessidade de
iniciar sua tese para mestrado, porém com o andar da pesquisa se depara
com relações muito mais profundas que apenas segredos históricos mas
também vê a sua própria história sendo entrelaçada e interligada com um
passado muito distante e um tanto sombrio e sem respostas.
Para quem aprecia um mistério macabro e gosta de História nada melhor
que passar as horas com este bom livro em mãos. Hora se vendo na pele de
uma pesquisadora, hora como um espectador no passado esquecido.
“- é como tocar música. Existe o instrumento. Existe o ouvido. E existe a
prática. Junte todos esses elementos e você poderá tocar. Claro que tem
também a partitura. Ela pode te guiar, dar indicações. Mas sozinha?
Sozinha, são só marcas no papel.”